Avaliação da anfiregulina como biomarcador prognóstico de gravidade e sua participação na fisiopatologia do COVID-19
Processo: 2020/05211-3
Valor: R$ 165.551,25 mais uma Bolsa de PD (R$ 203.497,56)
Acordos de cooperação: COVID-19
Responsável: José Carlos Farias Alves Filho
Instituição sede: Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP
Área do conhecimento: Farmacologia
Resumo: A mais recente ameaça à saúde global é o surto em curso da doença respiratória que recebeu o nome de Doença de Coronavírus 2019 (COVID-19), a qual é causada pelo vírus denominado de SARS-CoV-2. Embora cientistas das áreas básicas e clínicas em todo o mundo estejam fazendo grandes esforços no entendimento da fisiopatologia e investigando o efeito de medicamentos com ação antiviral e o reposicionamento de fármacos que apresentam ação anti-inflamatória, ainda não existe um medicamento específico ou tratamento clínico eficaz para a COVID-19. No entanto, sabe-se que a insuficiência respiratória progressiva causada pelo dano maciço das células alveolares, resultante da replicação viral e da inflamação local excessiva, é um dos grandes obstáculos para a recuperação dos pacientes graves com COVID-19. Neste sentido, a defesa do hospedeiro contra infecções depende não apenas dos mecanismos de resistência imune, mas também da capacidade do organismo de tolerar os danos que um determinado patógeno promove. A anfiregulina (AREG) é um fator central que promover reparo e a restauração da integridade do tecido após lesões teciduais associados à inflamação. Animais deficientes de AREG apresentam um comprometimento substancial da capacidade de restauração da função pulmonar em modelos de infecções. Além disso, a administração de AREG recombinante potencializa o processo de reparo tecidual após lesão tecidual decorrente de inflação excessiva. Nossa hipótese de trabalho é que a AREG desempenha um papel fundamental no reparo e restauração da integridade do tecido pulmonar durante a COVID-19 e que o tratamento com AREG recombinante encurte o período de convalescência dos pacientes. Além disso, trabalhamos com a hipótese de que a determinação dos níveis de AREG nos pacientes ainda na forma moderada possa ser um importante biomarcador prognóstico de gravidade em pacientes. Desta forma, propomos no presente projeto realizar um estudo translacional para investigar a participação da AREG na fisiopatologia da COVID-19, utilizando modelos animais de infecção experimental por SARS-CoV-2 e amostras de pacientes diagnosticados com COVID-19. Além disso, pretendemos avaliar o potencial da AREG como um biomarcador prognóstico de gravidade em pacientes com COVID-19.