Estudo da prevalência do Coronavírus COVID-19 na população de doadores de sangue e avaliação dos soropositivos para a produção de soro hiperimune
Processo: 2020/04884-4
Valor: R$ 184.000,00
Acordo de cooperação: COVID-19
Pesquisador responsável: Ester Cerdeira Sabino
Instituição sede: Faculdade de Medicina - USP
Área do conhecimento: Medicina
Resumo: O COVID-19 é uma doença respiratória aguda causada pelo coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2). No Brasil é causa de preocupação por seu impacto nas estruturas de saúde e pela descrição das atuais de taxas de letalidade (especialmente em faixas etárias acima de 60 anos). Um crescimento exponencial de casos é esperado e a avaliação de suas taxas de frequência como morbidade, mortalidade, letalidade, porcentagem de portadores e soroprevalência na população saudável é essencial para estabelecer políticas de ação e vigilância. Objetivos:1.Avaliar a soroprevalência do Coronavírus COVID-19 em doadores de sangue na Fundação Pró-Sangue Hemocentro de São Paulo.2.Avaliar a viabilidade de produzir soro hiperimune com indivíduos que tiveram a infecção confirmada por PCR e dos doadores soropositivos na triagem do banco de sangue.3.Desenvolver um teste in house IgG/IgM que permita a expansão de estudos epidemiológicos. Métodos: Estudo transversal, prospectivo no qual será realizado um teste de pesquisa de anticorpos do tipo Elisa IgG para COVID-19 em 10.000 amostras de soro ou plasma de doadores da FPS- HSP, no período de Abril a Dezembro de 2020. Padronização de testes de pesquisa de anticorpos IgG e subclasses IgG1 e IgG3 anti-SARS-CoV2. Teste PCR em tempo real quantitativo, "in house", que amplifica parte do gene RdRp RNA-dependente RNA-polimerase e Envelope do COVID-19. Atualmente, no Brasil, o rastreio da infecção pelo SARS-CoV-2 é feito por teste em mucosa oral/nasal pelo método de polymerase chain reaction (PCR) somente em pacientes sintomáticos, que se incluam na definição de casos suspeitos oferecidos pelo Ministério da Saúde (MS). A pesquisa de anticorpos IgG pode ser utilizada como marcador para entender a epidemiologia da infecção por SARS-CoV-2 e auxiliar na determinação do nível da resposta imune humoral em pacientes. Embora as infecções de pacientes imunocompetentes geralmente apresentem apenas sintomas leves, idosos, gestantes e pacientes com doenças pré-existentes, desenvolvem doenças mais graves. Até o momento não há um terapia específica para tratamento da infecção pelo COVID-19. A imunoterapia passiva com plasma convalescente, que já foi empregada na epidemia na China pelo MERS e tem sido proposta para o tratamento da infecção pelo COVID-19, talvez seja uma alternativa no tratamento nesses casos.