Pacientes com síndrome respiratória aguda grave por Covid-19 em Serviço de Emergência
Processo: 2020/04738-8
Valor: R$ 101.108,00
Acordo de cooperação: COVID-19
Pesquisador responsável: Heraldo Possolo de Souza
Instituição sede: Faculdade de Medicina - USP
Área do conhecimento: Medicina
Resumo: A atual pandemia de Covid-19 já acometeu mais de 920.000 pessoas e matou mais de 46.000 em todo o mundo. A maioria dos pacientes acometidos apresenta um quadro leve, mas uma porcentagem pequena, do ponto de visa percentual, mas grande em números absolutos, pode apresentar uma síndrome respiratória aguda grave (SRAG), com febre, tosse, infiltrados pulmonares e hipoxemia, podendo evoluir para insuficiência respiratória e necessidade de ventilação mecânica. O Serviço de Emergência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) é o atual centro de referência para o tratamento de pacientes com a forma mais grave da doença. Nossa equipe é a responsável pelo atendimento inicial destes pacientes e, portanto, está bem posicionada para produzir conhecimentos necessários para melhor entendimento e tratamento dessa doença. Desta forma, criamos este projeto, que consta de quatro subprojetos. O primeiro subprojeto tem o objetivo de determinar se marcadores séricos da resposta inflamatória podem predizer, isoladamente ou em conjunto, a evolução dos pacientes com SRAG por Covid-19 para falência respiratória. O segundo procura determinar se a ultrassonografia pulmonar é uma alternativa viável para avaliação da função respiratória nesses pacientes. O terceiro é um ensaio clínico com droga já utilizada em outras situações clínicas e que poderá ser útil na prevenção da falência respiratória nos pacientes com pneumonia por Covid-19. Por último, o quarto foca em modelos estatísticos e estocásticos, que possam melhorar e orientar o atendimento desses pacientes. O estudo será conduzido no Serviço de Emergência do HCFMUSP, que é a porta de entrada da grande maioria dos pacientes com SRAG por Covid-19. Serão incluídos os pacientes com síndrome respiratória aguda grave que não necessitem de ventilação mecânica na admissão. Nos subprojetos 1 e 2, esses pacientes serão somente acompanhados, sem intervenção, realizando exames laboratoriais e ultrassonográficos. No subprojeto 3, os pacientes serão divididos em dois grupos, um recebendo NAC e outro placebo. Em todos os três subprojetos, o desfecho será a mortalidade e necessidade de ventilação mecânica. Nesse momento de pandemia, a busca por um melhor entendimento da doença e por tratamentos que possam reduzir a necessidade de ventilação mecânica nestes pacientes é de extrema urgência e são exatamente esses os objetivos deste nosso projeto.